Estalou, mais uma vez, o verniz no nosso sistema da justiça. O que se previa em relação ao caso Freeport confirmou-se. Confirmou-se igualmente que o Ministério Publico não desempenhou o seu papel. Mas nada de novo nisto.
Só por muita inocência se poderia acreditar que um processo como este iria ter consequências. Veio apenas mostrar o que qualquer pessoa mais ou menos esclarecida já antevia.
Quem poderia esperar que o PGR, nomeado pelo Governo, assumisse uma posição independente? Quem poderia esperar que a directora do DIAP, Cândida Pinto, iria assumir uma posição independente quando, é sabido, ela veste as mesmas cores do partido actualmente no Governo?
Impõe-se que terminem as lutas e que sejam atribuídos poderes ao PGR que permitam que exerça um verdadeiro poder disciplinar mas que ele possa actuar sem que com isso sinta que está a cuspir no prato que lhe deu comer! A nomeação do PGR pelo Presidente da República ou por diversas entidades de modo a permitir que a transparência que deve existir não só exista como pareça existir.
Apesar de quase crucificados no inicio, tudo leva a crer que os procuradores encarregues da condução do processo se acautelaram no tão polémico despacho permitindo assim que viesse a lume o que se suspeitava.
Não deixa de ser estranho que o PGR clame por mais poder e pareça não exercer o que tem.
Quem ficou a ganhar foi quem afinal não chegou a ser ouvido. Quem perdeu... claramente a justiça!
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
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